Você, o Big Data e a IoT: relacionamento mandatório e sem fim! Calma, isso é bom!

Às vezes é necessário falar antecipadamente sobre temas ainda distantes para a grande maioria da população. É preciso falar neles antes que estes se tornem realidade, mesmo que neste momento, estas discussões tendam a ser conceituais e com comentários aparentemente vagos.

Big Data e a Internet das Coisas (IoT) são temas tratados ainda de forma separada (pelo menos pelo grande público da tecnologia). O fato é que entre eles existe uma relação profunda e simbiótica: a montanha de dados que a Internet das coisas (IoT) esta produzindo (e irá produzir!!! ) será inútil sem o poder analítico do Big Data. Por outro lado, sem a Internet das coisas (IOT), o Big Data perde um pouco da sua abrangência e importância na analise de dados de comportamento e consumo. Ou seja, os dois se encontram em algum momento e em algum lugar lá no meio, num presente e em um futuro que esta “bem ali!”

A chave para o sucesso deste encontro (Big Data e IoT) será encontrar a estratégia certa para aproveitar o poder dessas duas áreas de uma forma mutuamente benéfica.

“Existem muitas abordagens”, escreveu ainda Wayne Adams. “A questão da IoT é levar de forma eficiente, os dados que você deseja capturar através de sensores para uma analise rápida e inteligente. De lá, você tem que descobrir como transformar dados em informação e informação em insights, gerando conteúdo que será transmutado em ações, de modo que isso possa auxiliar na tomada de decisões de pessoas comuns como você e eu, e de gestores de diversas áreas!

Ressalto aqui que neste momento estão na balança diversas questões relacionadas a dinheiro e a concorrência entre empresas. Como exemplo, a GE acaba de introduzir o Predix, uma plataforma de Big Data baseado em nuvem, destinado a aplicações industriais. Ele vai contar com a Internet das coisas (IoT) para obter os dados que irá processar. “De nossa perspectiva, a Internet das coisas industrial (IoTi) e Big Data estão indissociavelmente ligados e unidos, pela tecnologia e pela economia”, indicou Vince Campisi, CIO da GE Digital para Software e Serviços de Tecnologia. “Não há nenhuma lei dizendo que os dados da Internet das coisas e Big Data devem ser unificados, mas faz sentido vê-los como parceiros naturais, porque você não pode operar máquinas ou dispositivos complexos de forma eficiente sem a análise preditiva e você precisa de Big Data para estas análises. ”

Arnab Chakraborty, o diretor executivo da Accenture Analytics e Global Analytics, (sigam esta empresa) concordaram que o “aumento exponencial de dados” gerados pela Internet das coisas (IoT) faz com que Big Data seja altamente necessário. “Este é o lugar onde a Internet das coisas (IoT) cruza maravilhosamente com o Big Data. A capacidade do Big Data é em essência, um pré-requisito para se evoluir com a Internet das coisas (IoT)! “Sem os dados sendo coletados de forma adequada, será impossível para as empresas a analise de toda a informação que flui e que é obtida a partir de sensores incorporados.”

Big Data e Internet das coisas

Os especialistas de mercado e cientistas de dados, veem a diferença entre os diversos níveis de dados estruturados existentes. Por exemplo, as informações sobre o uso de energia em um prédio residencial ou de escritórios, podem ser recolhidas e analisadas para permitir ajustes que possam cortar custos ou melhorar o desempenho energético deste. No entanto, se o objetivo é avaliar o uso da energia em um condomínio ou até mesmo uma quadra, os dados destes devem coletados e enviados a um centro de analise de dados para Big Data.

Será uma situação de caso-a-caso. “Em alguns casos, faz mais sentido aplicar a análise para os dados sobre a borda, em outros não!”, Arnab Chakraborty escreveu. “Se o seu caso de uso de Internet das coisas (IoT) pede um controle em tempo real ou monitoramento de dispositivos críticos, você vai precisar lidar com velocidade e problemas de latência, e isto é algo mais complicado do que parece ser.”

O surgimento de Big Data permite que os dados ocultos venham à tona e sejam explorados, segundo Aidan Quilligan, diretor executivo da Accenture industriais Software Solutions (sigam esta empresa também). Na maioria das empresas fabris, este tipo de dado existe, mas nunca foi recolhido e analisado desta forma. Na melhor das hipóteses, um operador de maquinas pode perceber consequências de origem desconhecida a cerca de seu processo e tomar algumas medidas para solucionar este possível problema, o que na maioria das vezes é uma atitude ineficiente por ser tardia, pois os sinais visíveis por este operador, remetem a deterioração do equipamento que já estava ocorrendo a tempos. Ao extrair e analisar previamente dados oriundos da IoT, estas intervenções precoces e preventivas, levam a resultados diferentes e milhares de vezes superiores. ”

Em resumo, o futuro de Big Data e da Internet das coisas (IoT) é algo ainda intangível. De fato, algumas das principais estruturas nem sequer foram desenvolvidas ainda. Estamos vendo na verdade o surgimento de um modelo de nuvem” industrial “. Ao contrário de interações anteriores que ocorriam In Cloude que foram construídas para permitir aplicações de consumo de empresas de TI, focadas em fazer seus funcionários e clientes mais produtivos, a nuvem industrial é construída em torno de tudo que existe hoje, permitindo que os aplicativos focados em tecnologia operacional (OT) impulsionem a produtividade industrial, influenciado nosso dia-a-dia, usando dados de BIG Data gerados pela IoT ou por nós mesmos!

Parece algo muito distante de nós, mas estas duas tecnologias tem o relacionamento mandatório e sem fim! Mas calma, isso é bom!