Manaus avança em direção ao Polo Digital

A economia da cidade de Manaus, e subsequentemente do estado do Amazonas, está à mais de meio século dependente dos negócios gerados pelo Polo Industrial de Manaus (PIM). Constantemente este modelo econômico vem sendo ameaçado por ataques meramente políticos, e a capital amazonense começou a buscar alternativas. Como temos uma vocação tecnológica, esta mesma criada exatamente por este mesmo Polo, naturalmente já estávamos inclinados para a criação de um polo científico e digital, um polo que fosse capaz de conceber soluções inovadoras para o mundo dos negócios, e que pudesse ser uma opção tecnológica para o Brasil.

O Polo Digital de Manaus ainda está em processo de formação, mas já conta com uma gama de empresas, institutos e startups de tecnologia 100% amazônidas em sua maioria, que se propõem a criar juntas um conjunto de fatores favoráveis ao pleno desenvolvimento do Estado do Amazonas. Tenho visto todas elas investirem na criação de soluções para diversas áreas da economia local, criando ofertas de alto valor agregado aderentes a todas as verticais e portes de negócios.

Neste ano, mais precisamente nos dias 15, 16 e 17 de Outubro, ocorreu a 2ª edição desta feira. Com o tema: Manaus Inteligente, a feira reuniu os atores do ecossistema de P&D digital da região e discutiu conceitos e soluções para uma região mais inteligente. Foram mais de 20 milhões em negócios prospectados, com mais de 15 mil visitantes. Eu mesmo me surpreendi com tamanha movimentação nos 3 dias que lá estivemos. RedMaxx Consultoria e Up Innovation dividiram um stand de 18 Metros Quadrados, onde falávamos da Cultura Data Driven, Inovação e Casos de Sucesso em empresas de Varejo, Industria de Manufatura e Governo.

Avalio que o polo é de grande valia quando pensamos no potencial que ele tem para geração de novos negócios, emprego e renda na região carente de solução tecnológicas em que vivemos, e principalmente quando consideramos as necessidades das indústrias locais em realizar mudanças tecnológicas relacionadas a indústria 4.0. Ele pode estruturar todas as iniciativas tecnológicas locais já existentes, unindo vários setores da economia amazonense, como a biotecnologia por exemplo, gerando soluções técnico-cientificas para o Brasil inteiro.

Percebo que as possibilidades são inúmeras se pensarmos nas empresas de tecnologia que aqui já existem. Nossa gente tem vocação tecnológica e empreendedora, precisam somente de oportunidade. Estamos longe dos grandes centros e necessitamos ter empresas que atendam o comércio e a indústria com soluções desenhadas para nossa realidade. Temos as verbas de P&D, oriundas de renúncia fiscal por conta de lei de informática, e isso vai ajudar muito neste começo!
oderemos um dia quem sabe, ser um polo de grande importância frente aos outros do Brasil e do mundo, pois temos diferenciais quanto as demandas únicas que nos fazem buscar alternativas mais que inteligentes, além das verbas da lei de informática exclusivas para empresas da Amazônia Legal. Empresas essas que fomentam a pesquisa e desenvolvimento com gente da Terra, “indiozinhos” igual a mim!